7Mar . 2019
A Ozonioterapia vem sendo cada vez mais utilizada pelos dentistas como um complemento aos tratamentos nos consultórios, e faz parte do que nomeamos de Odontologia Biológica. Aplicar a Ozonioterapia é olhar o paciente de forma integral e buscar sempre as opções mais seguras e menos tóxicas nos tratamentos odontológicos. Assim, respeitando a individualidade, ponderando os efeitos que os procedimentos e materiais odontológicos têm sobre o organismo. Além da técnica utilizada, menos invasiva e, portanto, menos traumática, é reconfortante tanto para o diagnóstico como para a intervenção clínica dos dentes.
A Ozonioterapia traz ao paciente uma potente ação antimicrobiana, além de uma alta biocompatibilidade. Por isso é uma excelente alternativa antisséptica, muito indicada para combater infecções e inflamações. É um método onde se utiliza uma mistura gasosa entre oxigênio e ozônio para fins terapêuticos.
Como a Ozonioterapia funciona?
A Ozonioterapia pode ser aplicada em vários contextos devido ao seu alto poder oxidativo e ação antimicrobiana. Dessa forma, atua como coadjuvante em diversos tratamentos. Alguns estudos mostram que a Ozonioterapia é muito efetiva contra micro-organismos da cárie e sensibilidade pós-operatória. A técnica também é empregada no tratamento de quadros inflamatórios e infecciosos, também em cirurgias, como auxílio no processo de reparo dos tecidos e em caso de necrose óssea no maxilar.
Por que o ozônio?
Como o próprio nome sugere, o gás ozônio é um recurso terapêutico. O ozônio é uma molécula tri atômica do oxigênio, uma molécula instável, que pode ser formada na natureza pelos raios UV (camada de ozônio). Através de uma descarga elétrica, os geradores convertem oxigênio em ozônio, e este pode ser utilizado para fins terapêuticos quando extraído em doses precisas, dentro da faixa terapêutica. É uma molécula biocompatível com elevado poder antimicrobiano. No organismo se forma naturalmente numa reação antígeno-anticorpo.
O ozônio é capaz de realizar limpeza de feridas, assim como desinfecção de amplo espectro, ativação de células imunocompetentes, ativação do metabolismo das hemácias com melhora da oxigenação e aumento dos níveis de Adenosina Trifosfato (ATP). Sendo uma modulação do sistema imunológico, aumenta a capacidade antioxidanteatravés das ativações de oxidantes endógenos, efeito anti-inflamatório, etc..
Na Odontologia ele pode ser utilizado em diversas áreas, como:
• Dentística: tratamento de cárie – ação antimicrobiana;
• Periodontia: principalmente na prevenção e tratamento dos quadros inflamatórios e infecciosos;
• Endodontia: potencialização da fase de sanificação dos sistemas de canais radiculares;
• Cirurgia: auxílio no processo de reparação tecidual;
• Dor e Disfunção de ATM: atividade antiálgica e anti-inflamatória;
• Necrose dos Maxilares: Osteomielite, Osteoradionecrose e necroses induzidas por medicamentos.
Contudo, o(a) dentista que tem interesse em atuar nessa área poderá buscar capacitação com o curso de habilitação.