13Nov . 2019
A anamnese é ferramenta fundamental para diagnosticar estes casos, que em grande parte são classificados como Lesões Cervicais não Cariosas, ou seja, que não apresentam tecido cariado e, por muitas vezes, não há cavidade. Contudo, vários fatores estão envolvidos para que ocorra esse tipo de lesão.
O fator decisivo para o aparecimento destas lesões – e muitas vezes desconhecido pela falta de uma boa anamnese – é a biocorrosão. Onde entram dietas com alimentação ricas em ácido, placa bacteriana e doenças gástricas que interferem diretamente na boca.
Os indivíduos mais afetados por estas condições normalmente estão na faixa etária entre 19 e 25 anos, entretanto, são pacientes que já fizeram o uso de aparelho (pós-ortodontia) em 45% dos casos.
O formato da lesão nos diz muito mais do que a profundidade da mesma, e tem uma forte relação com traumas que estes dentes sofrem. Os pacientes que mais devemos estar atentos são os que apresentam apertamento dental, que geralmente não buscam ajuda de um profissional. Já os que apresentam bruxismo são mais frequentes no dia a dia, e assim conseguimos diagnosticá-los. O fato de o paciente relatar a hipersensibilidade dentária não pode ser deixado de lado, porque com certeza irá evoluir para uma LCNC se não diagnosticado e tratado da maneira correta.
O clareamento dental é outro fator importante e decisivo para o relato ou aparecimento destas lesões, e deve ser conduzido de maneira segura pelo CD. Neste, o gel clareador não deve ocupar o último milímetro cervical dos dentes, pois nesta área é a dentina que está exposta, não o esmalte, e como sabemos, só o esmalte dental clareia.
Dos pacientes que relatam hipersensibilidade, 3 em cada 4 são encontrados em dentina ao exame clínico, e não em esmalte.
Fonte: dentalcremer